Eu e minha boca grande

Tem momentos que perco a oportunidade de ficar calada e quando isso acontece geralmente é um desastre. Já falei por alto um golpe que um fulano tentou aplicar pra cima de mim, esse fulano que vou chamar de Absalão era uma pessoa super, hiper, mega querida, a pessoa em quem eu mais confiei e acreditei na vida, mas... sempre tem um mas, após 10 anos que a gente se conhecia, ele revelou a verdadeira face de canalha, se bem que ninguém mantém um personagem por muito tempo né, algumas vezes ele se mostrava como era realmente, mas muito rapidamente e inteligentemente encarnava o papel de homem honrado. Até que não deu mais, como diz o clichê, a máscara caiu e por terra levou os meus sentimentos mais nobres. Consegui reverter o golpe com ajuda de grandes amig@s, mas foi muito difícil.

O diacho é que nossas famílias se conhecem, eu e ele moramos em cidades diferentes e próximas, logo após eu resolver minha situação, o pai do sujeito aparece na minha casa em pleno domingo cedão e ainda mandou me acordar. Bom fui educada a respeitar aos mais velhos, imaginei que ele veio defender o filhinho dele, mas o velho poeta, sim ele é poeta mesmo tem uns quatro livros, nem tocou no assunto, dizendo ele que era uma visita de cortesia, pois era muito grato a minha família que no passado o acolheu e pererê caixa de fósforo. Não aguentei e soltei o verbo, perguntei se ele veio por conta do que o Absalão tinha aprontado pra mim, mas o velho poeta negou, disse que nem sabia de nada, o que eu duvido, já que eu mobilizei meio mundo inclusive a família dele, e que me pediu desculpas pelo o que o filho fez, pois ele o velho poeta gosta muito de mim (detalhe que uma única vez fomos apresentados e conversamos longamente sobre livros e tal, mas não existia uma amizade entre a gente, ele conhecia apenas meus pais). Só sei que esse velho poeta vivia aparecendo na minha casa, me convidava pra passeios, fui uma única vez por consideração visitar uma senhora centenária com seu papagaio com mais de 50 anos, curiosa que sou e do jeito que gosto de boas histórias, fui. Quase todo mês que o velho poeta vinha de Brasília onde ele reside e me visitava, eu já estava de saco cheio, pois o que eu mais queria era distância de todos que pudessem ter qualquer vínculo com Absalão, graças a Deus tem um ano que não o vejo na face da terra, mas o pai sempre no meu pé. O velho poeta queria me convencer que o filho não fez por mal e queria me calar, pois o Absalão tinha/tem intensões políticas e eu de alguma maneira poderia manchar a reputação do homem honrado. Sempre deixei claro para o velho poeta que não me interessava por nada do que o Absalão planejava e se o visse em qualquer lugar seria apenas um estranho.

Passado um tempo, o velho poeta sumiu, achei ótimo. Até que após o lançamento do livro “Um rio de histórias”, fui vender uns livros na cidade em que o Absalão mora e onde tenho muitos amigos, lá o marido da minha amiga comenta que só faltou o velho poeta no lançamento do nosso livro e que ele ficaria muito orgulhoso, já que ele parecia gostar muito de mim e até uma poesia escreveu pra mim, daí falei de bocão que graças a Deus ele sumiu, que nunca mais me procurou e desci a ripa que eu não tinha nada contra o velho, porém aquelas visitas me constrangiam e me deixavam desconfiada das verdadeiras intenções, não percebi o clima meio tenso no ar e as tentativas de me interromper, até que fechei a boca grande e ouvi minha amiga dizer que o velho poeta não veio mais por está muito doente e desenganado pelos médicos... morri! Faber Castel perdeu de me contratar, pois mudei de cor inúmeras vezes, que vergonha! Ainda tentei remendar a conversa dizendo que gostava do velho poeta, só que por tudo que eu passei eu me sentia no direito de pensar o que eu quisesse da família toda, mas que estava muito sentida com essa notícia, e isso de verdade, fiquei mal mesmo. Sei que o senhor não vai ler isso, mas precisava desabafar então desejo sinceramente que se recupere e me perdoe por tê-lo julgado mal.

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A noite delas

Eu sou bem caseira, mas quando caio na gandaia ninguém me segura, noite passada foi bem assim. Eu, as minhas amigas e coautoras do livro Um rio de histórias, Jackeline e Ana, juntamente com mais três amigas, Léa, Marla e dona Railda, fomos a um barzinho prestigiar o show de Rodrigo Rocha, namorado da Jack. A noite já seria maravilhosa pelas companhias e pelo som, pois Rodrigo manda bem demais, mas juntando esse rebanho de mulheres, somando chopps, é certeza de muitas resenhas e gargalhadas.

Pra começar, a música que Rodrigo dedica pra dona Railda: Malandragem (Cássia Eller)

Quem sabe eu ainda

Sou uma garotinha... (a senhora vai ser sempre)

Eu só peço a Deus

Um pouco de malandragem (mais? Quem vai te aguentar)

Pois sou criança (a 3ª idade é uma segunda infância mesmo)

E não conheço a verdade (e nem quer conhecer)

Gente, a véia pirou, se acabou de dançar, batia palmas adorou a homenagem, pois dona Railda com seus 63 anos é na verdade uma garotinha muito louca, louca nada, ela é bem consciente que a vida é pra viver intensamente e com um sorrisão no rosto, qualquer hora eu vou fazer um post apresentando essa maluquete.

Bom, voltando a noitada, eu peço uma música pra Rodrigo. Eu doida pra ir ao banheiro e me segurando, queria ouvir minha música e o mala me enrolando, não resisto, vou a banheiro e passo perto e dou uma piscadinha e faço um gesto: nós dois mais tarde, a galera das outras mesas devem ter pensado “hum que piriguete, dando em cima do cantor” hahaha, só que o mala do cantor entendeu meu gesto de que eu queria que minha música fosse a próxima, aí tô lá fazendo meu pipizinho quando ouço:

Um girassol nos teus cabelos

Batom vermelho, girassol

Morena flor do desejo

Ah, teu cheiro em meu lençol!

Caraca! Queria voltar correndo, só que não era um pipizinho e sim um PIPIZÃO, na boa quase me mijei toda.

E dona Railda vendendo nossos livros de mesa em mesa, pronto tá contratada, será nossa vendedora oficial e vai com a gente em todas as viagens.

Léa estava do meu lado e vejo a etiqueta enorme da blusa dela aparecendo, eu tento esconder e ela arranca de uma vez e diz: “Tira essa porra logo, vai quem tem cliente minha aqui e acaba pensando que uso as roupas da minha loja e depois coloco lá pra vender.” Hilário, não duvido Léa, você sendo filha de dona Railda eu espero qualquer coisa.

Pedir músicas para Rodrigo era detalhe a parte, se a gente mandava bilhete, ele nem dava bola, o jeito era fazer gesto. Saía cada gesto tosco, imagine aí: manga rosa, abre a rodinha, malandrinha, Pretty Woman. Rodrigo se acabava de rir e evitava olhar pra gente, mas a galera das outras mesas curtia, pedia junto e levantava pra dançar quando nós éramos atendidas. Sérião, se Rodrigo nunca mais nos chamar pra um show dele eu não vou entender nunquinha.

E os garçons nos ignorando, a gente ficava um tempão de bico seco, pedia bebida e nada de nos servir, dona Railda diz: Agente tem cara de pobre lascado. Nem era culpa dos garçons, o lugar estava lotado, por eles sentavam com a gente tomando umas e rindo das nossas conversas, mas alguém tinha que trabalhar né.

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Parabéns Felícia

Hoje é aniversário de uma pessoa massa, muito querida e muito um tiquinho sufocante. Não que ela seja grudenta, pegajosa, na verdade a gente até demora um pouco pra se ver, mas explico esse ‘sufocante’. Seguinte, Thiara é um doce de pessoa, inteligente, super de bem com a vida, carinhosa, mas é nesse carinho todo que mora o perigo. Sabe aquela personagem de desenho animado, a Felícia?

Essa aqui ó:

felicia

Pois é, Thiara tem esse mesmo abraço sufocante, gente a demonstração de amor dela é quase homicida, é abraço estrangulador, eu vou ficando vermelha, roxa, com bolinhas verdes, respirar é impossível, daí quando já estou perdendo os sentidos ela solta e eu me estabaco no chão estrebuchando.

Eu até tento me esquivar dessa tortura, mas ela é grandona, forte, nunca consigo fugir. Ela usa a hipnose também, impossível resistir. Tá, confesso que por pior que seja, eu gostchooooo muitchoooo desses abraços.

Querida, apesar de sofrer horrores contigo, você sabe que a amo muito né, beijão, lhe desejo muita saúde, felicidade e suce$$o!

sitio 5

Eu e Thiarinha (inverno rigoroso) kkk

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Sinceridade, esse é seu sobrenome

Amig@ é coisa massa na vida da gente né, tenho amig@s de diferentes idades, diferentes qualidades, e o que me agrada é essa diversidade toda. Tenho um amigo em especial que nos falamos diariamente sobre tudo e todos. O cara é a criatura mais sincera que eu conheço, isso às vezes já nos causou até alguns aborrecimentos, briguinha besta que resolvemos em dois tempos.

Eu a Anderson nos conhecemos há dois anos pela net, ele jura de pé junto que foi por acaso, mas tenho cá minhas dúvidas, porém a impressão que tenho é de o conhecer desde sempre e olha que não somos muito parecidos não, eu sou um tiquinho feminista e Andinho é machista pra caramba, temos gostos diferentes para uma série de coisas, mas em comum a confiança e o carinho de um pelo outro.

Nesses dois anos de muitas conversas e implicâncias, dividimos sonhos, medos, revoltas, superações e muito mais. Quando quero uma opinião sincera sei a quem perguntar, ele não tem meio termo, fala na lata.

Se digo: Eita, estou me sentindo horrível hoje.

Ele: Véi, tu tá acabada mesmo, que porra de cabelo é esse, você tá gorda, barriguda, só salva teus peitões hahahá.

Outr@s amig@: Oxe Lu, você tá linda, seu cabelo tá brilhando tanto, sua pele tá maravilhosa, linda linda, tá ó-t-e-m-a.

Se um filhodaputa parte meu coração...

Andinho diz: Bem feito sua otária, quem mandou você confiar e se apaixonar por aquele traste, sua jumenta você tem mais é que se ferrar pra aprender, mas vamos lá quebrar a cara do sujeito que te fez de besta.

Outr@s amig@s: Ô Lu, não fique assim, você é uma pessoa especial, bondosa que acredita nas pessoas, não fique triste isso vai passar.

Na boa, essas doses de veneno do Anderson me fazem ficar com mais raiva e querer reverter qualquer situação desfavorável, não que o apoio dos meus outr@s querid@s amig@s é menos importante, eu preciso de tod@s vocês. Mas em certos momentos ao invés de panos quentes eu preciso que alimentem minha raiva (beijos, sou estranha).

O motivo desse post é que tristemente não poderei mais fofocar todos os dias com Andinho pela net, ele mudou de emprego (pra melhor claro), porém na nova empresa as redes são bloqueadas, uma merda. Agora pra gente se falar ou vai embora nossos créditos numa única ligação, pois somos duas comadres e assunto entre comadres nunca se esgota, ou ele vai ter que mexer a bunda e ir me visitar com mais frequência. Seríssimo, de sexta-feira pra cá, tenho sentido tanta falta desse moleque terrível, ainda bem que ele foi me visitar ontem, ele tenta disfarçar, mas está sentindo tanto quanto eu (me divirto imaginando sua cara de quem tomou purgante lendo isso, Andinho).

Nesse pouco tempo de amizade, a gente já viveu cada situação, ele acompanhou alguns da coleção dos meus fracassos em relacionamentos, eu acompanhei o namoro, noivado e finalmente o casamento dele. Até no casamento dele a gente se irritou, pois eu me atrasei horrores (culpa da cabeleireira) e não consegui ir à igreja e ele sentiu falta dessa pessoa minúscula no meio de tanta gente da família e demais amigos, daí na festa do casório ele me perturbou a noite toda me jogando na cara minha ausência, eu nem aí pra ele, comi, bebi e curti a festa, ainda dei bronca: quem não deveria se ausentar era a noiva, tô de boa hahaha.

Outro momento massa nosso, foi quanto um filhodaputa tentou me passar a perna e eu já sem saber como resolver a situação, já ia desistir de lutar (beijos, sou covarde) e Andinho sabendo de tudo me chamou de burra pra baixo e se prontificou a me ajudar, ir comigo atrás do safado, ser meu guarda-costas, enfim, não teve a necessidade de tanto auê, mas o auxilio dele e de mais dois grandes amig@s foi fundamental pra eu recuperar minha dignidade.

Estou usando amig@s pra falar em masculino e feminino ok.

Então, esse é um grande irmão, que tem o apelido de “cheio de ódio”, ele não atende o celular dizendo alô e sim: “fala PORRA”, mas para quem o conhece bem, sabe o coração bondoso que ele tem e que ele é a lealdade em forma de gente.

Boa sorte amigo!

Ps: Esse template foi ele que fez pra mim, mesmo me xingando ficou ótimo. Brigadinha.

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Almoço com as moças e o moço

08 de março, Dia Internacional da mulher, nada contra, mas estava de saco cheio do tema. Passei a semana toda trabalhando em peças publicitárias para homenagear minhas caríssimas colegas, cansa.

Mas hoje foi legal, o chefe nem deu bola pra nós, detalhe que aqui são cinco mulheres e apenas dois homens, a mulherada dominando o mundo.

Então fomos todas almoçar com a mulher do chefe/colega de trabalho, ela ainda nos presenteou com florzinha e chocolatinho, beijos querida.

Lá fomos nós, eu, Dani, Fa, Jéssica, Yu e até a Ka, ex-colega de trabalho e no meio o Mariel bendito fruto entre nós mulheres, tá certo que ele até tentou se recusar a nos acompanhar, porém nosso poder de persuasão é gigantesco.

Foi legal, almoço no chinês, botamos o papo em dia, muita risada e nosso mancebo suportou os papos heroicamente, nem é surpresa, pois ele passa por isso durante oito horas de segunda a sexta (muitas vezes ele recorre ao fone de ouvido). O mais engraçado é a diversidade entre a gente, nenhuma é parecida com a outra, nem falo fisicamente, me refiro a temperamentos, gostos, comportamentos e nessa babel a gente se entende e se gosta, ou será que se suportam hahaha.

Só sei que gosto de trabalhar com esse povo todo, aqui parece que tem um para-raios de maluco… maluco beleza.

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O mundo é um moinho

O mundo é um moinho

Cartola

 

Ainda é cedo amor

Mal começastes a conhecer a vida

Já anuncias a hora de partida

Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção querida

Embora eu saiba que estás resolvida

em cada esquina caiu um pouco a tua vida

Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem amor

Preste atenção que o mundo é um moinho

Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos

Vai reduzir as ilusões à pó

Preste atenção querida

De cada amor tu herdarás só o cinismo

Quando notares que estás à beira do abismo

Abismo que cavaste os teus pés

 

É eu sei, post de poemas e músicas é chato pra baraio, mas não resisti, isso é lindo d+ e outra, o blog é meu neh.

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