Batizando bichos, coisas e afins

Dar nome aos bois não é assim tão simples, pelo menos para mim. Colocar nomes em bonecas e animais de estimação era um exercício de observação. Ficava tentando encontrar uma semelhança com alguma pessoa conhecida e assim poderia batizar a boneca com o mesmo nome da pessoa em questão, esse também era meu critério para dar nome aos bichos.

Mas para meu criativo pai, colocar nome em animais, coisas ou pessoas sempre foi muito simples. Certa vez, o primo de minha mãe nos deu de presente um cachorro lindo, da raça Fila, meu pai [muito sabido] colocou o nome do cachorro de Fila. 

Outra ocasião, meu tio possuía um sítio e estava em busca de um cavalo para ajudar nos trabalhos do campo, meu pai [muito solícito] informou que conhecia um senhor que estava vendendo um ótimo cavalo, baratinho, baratinho. Então foram lá conhecer o tal cavalo, quando meu tio viu se assustou com o estado do animal e disse:

- Esse cavalo tá pra lá de Bagdá!

E meu pai conseguiu fazer meu tio comprar o animal mesmo assim e ainda deu nome para o bicho: Bagdá.
Recentemente, pai precisou adquirir um cavalo para percorrer trecho lá para as bandas do rio Branco, daí fez uma troca com um amigo, meu pai trocou o celular dele pelo cavalo. Adivinha o nome do cavalo? Acertou quem pensou Celular. 

Fiquei pensando como tive sorte por minha mãe escolher o nome Luciana para mim. Se deixasse por conta do meu pai, tenho até medo do que viria, acho que por ser a caçula, a rapinha do tacho, talvez ele teria me batizado de Caçula, ou como nasci de um parto cesariana, quem sabe, Cesária. 

Aff, escapei por pouco.

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