Para adoçar a vida

açúcar

Adoro açúcar, sou meio formiguinha para doces. Não curto adoçante, aquele amargo no finalzinho estraga qualquer alimento. Uma amiga minha, a Carina sempre me conta algumas pérolas do avô dela, seu Silvestre Pereira Ribeiro ou como era mais conhecido em Barreiras por seu Siliveste.

Ele já faleceu, porém deixou histórias hilárias que vou contando aqui.

Seu Siliveste era um senhor alto e forte que tinha uma deficiência física, mancava de uma perna, acredito que era sequela de paralisia infantil. Gostava de manter sempre o bigode e era muito galanteador, casado com Oscarina Rodrigues de Oliveira e nem por isso deixou de ter seus casinhos na rua.

Ele era comerciante, gostava de um bom bate papo e não perdia a oportunidade de paquerar a mulherada pela feira. Havia uma barraca de uma senhora que vendia cafezinho e sempre seu Siliveste passava por lá pra tomar café e cantar a dona da barraca, daí ele pedia o café e experimentava. Com expressão séria no rosto e querendo se mostrar um homem refinado, ele comentava sobre o café “Muito dócil”, ou se estava sem açúcar ele dizia “Pouco dócil”.

Com esse muito dócil e pouco dócil, ele tomava quase toda a garrafa de café.

Valeu Ca, seu avô não passou pela vida e sim VIVEU plenamente.

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2 comentários:

Mundo da Lu Roque disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
CÁ disse...

LÚ ADOREI O TEXTO FICOU BEM SUCINTO E PASSOU COM PRECISÃO A ESSÊNCIA DO ACONTECIDO!!!
PARABÉNS VALEU!!!!

PS: CÁ .....

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