Primeiro dia de folga ta phoda

Bom, com já tinha dito não vou viajar durante minha folga, mas o primeiro dia do tão sonhado descanso esta longe de boa vida. Inventei de faxinar a casa, estou toda quebrada, parece que me deram uma surra, mas tá valendo. Minha mãe fica satisfeita e isso é bom.

O chato foi quando caiu a noite, eu toda molinha deitada no sofá assistindo Cordel Encantado (eu amo essa novelinha) ainda não sentia dores no corpo, mas já estava esperando as consequências da labuta. Daí meu pai que quando quer sabe ser um chato, chatíssimo, já tinha me irritado por diversos momentos ao longo do dia, mas chegou um ponto que não aguentei mais e discutimos feio. Fiquei chateada para um lado e ele emburrado para outro.

O problema é que somos bem parecidos, só que ele por causa da idade (71) consegue ser mais chato do que eu. Costumo dizer que herdei muita coisa de pai, principalmente os defeitos, começando pelos cabelos crespos até os dedos curtinhos do pé e o gênio ruimmmmmm. Ai já viu né, dois bicudos não se beijam. Que nada, a gente se beija, se agarra e brigamos, claro. O bom de tudo isso é que as brigas não duram muito. Tanto eu como ele, não conseguimos guardar mágoas, mas que ele é chato é.

Não me lembro de ter levado nenhuma surra de meu pai quando criança, mas a bronca era bem pior do que uma surra, podem ter certeza. Por eu ser a caçula e a única que o chama de pai (meus irmãos o chamam de tio) ele sempre foi muito apegadinho comigo e eu com ele, mas sempre rolou essas de gato e rato entre nós, quem manda ele ser chatinho, mas é um chato adorável, engraçadíssimo.

Meu pai enche meu saco, mas não sei o que seria de minha vida sem essa figura maluca.
Quim das Porteiras, chato, doido, mas te amo muito velho.
Pai e eu às margens do rio Grande em São José do Rio Grande em 2009, durante pesquisa de campo para o livro-reportagem 'Um rio de histórias', pai era guia na viagem, ocasião em que fomos até o distrito de Taguá, o motorista foi o pai de Ana Lúcia, seu Agenor. Essa viagem foi muito engraçada, nos perdemos no caminho (e é por que tínhamos o guia, meu pai), faltou combustível no barco, ainda bem que conseguimos voltar a tempo, enfim depois eu conto, pois é história pra mais de metro.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

Folgaaaa

Feriado chegando que maravilha, 2 de Agosto é feriado municipal, Dia do Evangélico. Não sou evangélica, minha mãe sim e um monte de gente que eu conheço. Gosto dos hinos de adoração e louvor. Mas estou super feliz, pois vou descansar esses dias. Trabalhei feito uma condenada durante a 29ª EXPOBARREIRAS, quase não pude dar atenção aos meus amigos N. e A. que moram na Suécia e vieram nos visitar, passaram uma semana na minha casa e só no último final de semana tive a oportunidade de desfrutar da companhia gostosa deles.

Somando as horas trabalhadas, tenho direito a dois, d-o-i-s dias de folga, que são: amanhã (sexta-feira) aí vem sábado, domingo e a outra folga na segunda e terça é esse maravilhoso feriado. Planejei mil coisas, ir para Itabuna, no sul da Bahia, rever minha família postiça, ir para o Correntina Folia Mix Indoor (eita nome comprido) em Correntina, aqui no oeste baiano, pensei em ir visitar amigos em Riachão, aqui pertinho também. Mas pelo que eu estou vendo vou ficar no casulo mesmo.

Primeiro, a combinação de folga + pouca grana = poucas possibilidades. Segundo, Itabuna é longe pacas, seria uma viagem naquele ônibus horrível (você sobe passageiro e desce sobrevivente) só pra dizer oi e no dia seguinte tchau. Talvez nem conseguiria dar uma esticadinha até Ilhéus e tchbum naquele mar delicioso. Correntina ficou meio fora de mão por falta de companhia, ninguém aceitou meu convite, acho que não tenho amigos ou sou uma péssima companhia hahaha.

Assim com essas restrições todas, resolvi sossegar o facho em casa, trabalhos domésticos me aguardam, talvez dê um pulinho no Relas (Riachão), vou para a chácara também, já que não temos mar, mas temos a maravilha do rio de Ondas hehehe, lá dou as tchimbungadas. No mais é curtir meus sobrinhos, minha mãe querida e rir das maluquices de meu pai.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

Meu coração é rubro-negro

Confesso sou torcedora do Flamengo sim, dizem que somos os torcedores mais chatos que existem, depois do corinthiano é claro. Mas a vitória ontem de virada em cima do Santos foi bom demais. 

Uma amiga gaúcha certa vez me questionou o motivo de ter tantos torcedores do Flamengo, Vasco e Fluminense aqui em Barreiras e pouquíssimos torcedores do Bahia ou Vitória. A questão é a seguinte, a região Oeste da Bahia não é lá muito baiana, já fomos pernambucanos, quase mineiros e sonhamos em ser são franciscanos. 

Durante a Segunda Guerra Mundial o aeroporto de Barreiras era ponto estratégico para as forças aliadas. Cá os aviões abasteciam e seguiam seus destinos. Como a capital do país era o Rio de Janeiro, Barreiras era como mais um bairro carioca, os aviões que iam para o Rio ou que de lá partiam para algum lugar do globo, obrigatoriamente pousavam aqui. Então as novidades como chicletes, copos descartáveis, primeiro os cariocas e barreirenses conheciam e só depois o resto do país.

A influência dos times cariocas foi devido às transmissões das rádio do Rio de Janeiro, por isso era fácil encontrar torcedores dos times do rio aqui em Barreiras.

Atualmente em Barreiras há uma Babel de torcidas, pois a população é uma mistura de sulistas, goianos e cearenses. Mas o querido Flamengo é sem dúvida o campeão nos corações barrerenses.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

Abrindo as Porteiras


Tem um certo amigo que me chama de Lu das Porteiras, explico, sou filha de Quim das Porteiras e neta de Joaquim das Porteiras [falecido, que Deus o tenha] aí esse meu amigo resolveu me apelidar, como se fossem poucos os meus apelidos hahaha.

Mas nosso sobrenome é Roque, então de onde vem esse tal Porteiras? 

Voltando a mil novecentos e bolinha...

Meu avô, Joaquim Roque, era o encarregado de uma das fazendas da Sertaneja Agropastoril, sediada em São José do Rio Grande, distrito de Riachão das Neves. Essa fazenda pertencia ao ilustre engenheiro Geraldo Rocha e se chamava: PORTEIRAS. Advinha, o pessoal lá de São José apelidou meu avô de Joaquim das Porteiras, o qual todos nós netos, carinhosamente o chamávamos de 'pai véi'.
Joaquim das Porteiras teve cinco filhos sendo um único homem, cabra macho, o meu pai: Joaquim Roque Filho. Novamente advinha, meu pai já tinha o apelido de Quim, então acrescentaram a alcunha Porteiras, ficou Quim das Porteiras.

A fazenda Porteiras nem existe mais, sobraram apenas a fileira de pés de manguba. E meu caro amigo parece que não quer deixar o apelido esquecido e quer por que quer que eu herde, mas vamos deixar isso para os machos da família, pai véi já se foi, mas Quim taí firme e forte.

Esse negócio de apelido pega mesmo e lá em São José colocar apelidos é como um esporte. Muitas vezes é por conta de uma deficiência física, ou um algum acontecimento fora do comum. Por exemplo, lá tem a 'Caguei e cago', isso mesmo, ela faz e confirma. Tudo aconteceu durante uma festa, essa senhora já bem pra lá de bêbada, resolveu, digamos se aliviar ali mesmo, num cantinho do salão de festa. O problema é que desse jeito minha senhora, não tem como exigir privacidade, então virou uma resenha a galera que viu a cena gritava:
- Ei cagona!
E ela respondia:
- Caguei e cago, chega a boca deixa eu cagar.
E assim nasceu mais um singelo apelido naquelas paragens. Como são vários e alguns merecem um texto à parte, vou revelando aos poucos.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

Cá estou

Este é um espaço há muito idealizado, porém demorei para concretizar por preguiça mesmo, mas prometo tentar manter uma frequência de textos legais, nada de pretensão, longe de mim!
Adoro escrever, estamos na luta, eu e duas amigas: Ana Lúcia Souza e Jackeline Bispo para publicar nosso primeiro livro "Um rio de histórias", é sobre o rio Grande que passa por sete cidades baianas: São Desidério, Barreiras, Santa Luzia (distrito de Angical), São José do Rio Grande (distrito de Riachão das Neves), Taguá (distrito de Cotegipe), Goiabeiras (distrito de Wandeley) e Barra. Em outra oportunidade falo mais desse livro, que realmente tem muita história bacana sobre os ribeirinhos, lendas, enfim um monte de coisas. A dificuldade maior esta sendo em arrecadar dinheiro para essa bendita publicação, mas vamos conseguir, o difícil foi escrever a três. E por gostar de escrever, o Mundo da Lu Roque foi criado com esse intuito, espero que gostem, estou me preparando para os temidos comentários, mas a intenção é essa: interagir.
Então, esse foi o primeiro passo, criar o blog, falta ainda deixar o layout com cara de Mundo da Lu Roque mesmo, aguardem.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS