Amigo, simplesmente amigo

amizade

O que significa a amizade para você?

Para mim significa muita coisa e é que por isso que estou tão aborrecida com os últimos acontecimentos. Fui avisada que seria assim, mas infelizmente não estou preparada para tamanha hipocrisia, para tanta cara de pau.

Sou uma pessoa simples, nascida e criada numa cidadezinha do interior. Tímida de início, porém com garra para correr atrás do que eu quero.

O que isso tem a ver com amizade? Tudo!

Explico, se você é meu amigo é porque gosta de mim, porque temos afinidades. Diferente de ser meu amigo porque AGORA estou num bom emprego, porque tenho proximidade com uma pessoa IMPORTANTE na cidade ou porque fiz uma VIAGEM para a Europa.

Quem é meu amigo sabe, ralei muito pra conseguir esse emprego, estudei com muito sacrifício, meu pai é amigo de seu Antônio Henrique há 40 anos e eu nunca me aproveitei do fato. Nossa amizade foi construída no período de campanha em que eu trabalhei ao seu lado, acordava às 06:00h e só ia dormir às 02:00h t-o-d-o-s-a-n-t-o-d-i-a. Ele gostou do meu trabalho e por isso me convidou para continuar trabalhando com ele, após a vitória nas eleições, mas isso não significa que tenho o poder de empregar ninguém ou resolver os problemas de todo mundo. Daí que tem muita gente que nem se quer sabia meu nome, nunca se preocupou se eu precisava de alguma coisa e agora é meu amigo, descobre meu telefone e se sente no direito de me ligar a qualquer dia e pior, a qualquer hora, pra pedir favor e tem a absoluta certeza que eu tenho o dever de o fazê-lo. É de lascar.

Outros que nunca me convidaram nem pra um picolé na esquina, mas depois que recentemente estive na Europa, virou meu amigão e agora quer viajar sempre comigo, pois para eles me tornei uma pessoa interessante. Pra quem agora me julga phyna e e ryca, isso é bobagem, fiz essa viagem parcelando em milhares '”prestaçãs”. Sempre gostei de viajar, conheço a Bahia quase que de ponta a ponta, além de outros estados. A maioria das minhas viagens sempre fiz sozinha e principalmente para visitar amigos.

Pois é, eu sei exatamente quem são meus amigos, amigo de verdade, de rocha... eu sei. Você, que sentava comigo na varanda pra chupar 1kg de bala, vendo passar os carros, gente, bicicletas, conversando bobaginhas. Você, que brincou de casinha comigo até os 16 anos, escondidas, afinal já éramos adolescentes. Você, que já até se disfarçou com capa de chuva e tudo, encostou-se no rol e disse: 1, 2, 3 salve todos, que inventava coreografias, desfiles, foi embora, mas nunca me deixou. Você, que só jogou a mochila nas costas e fugiu da cidade comigo pra passar finais de semana nas cidades vizinhas, que cria até hoje os melhores roteiros de novela e fez da minha vida muito mais divertida. Você, que me achava uma CDF e eu te achava uma maloqueira, até nos conhecermos melhor e virarmos irmãs. Você, que guardou meus segredinhos e eu até hoje guardo os seus. Você, que chorou junto comigo, que não me deixou morrer de tristeza quando os amores da minha vida se foram. Você, que segurei firme sua mão, olhei nos teus olhos e sempre estive do seu lado, mesmo quando não concordava contigo. Você que matava aula junto comigo pra ir bater perna na rua, ir pra Central, para o bar de seu Serafim. Você, que sempre parou o que estava fazendo para me ouvir, me aconselhar, orar por mim. Você, que já fez das horas chatas no trabalho, momentos de muita diversão. Vocês, que viraram noites comigo escrevendo um livro, choramos juntas achando que não conseguiriamos, pra depois chorar de emoção vendo nosso filhotinho publicado e elogiado. Você, que de amigo virtual se tornou um amigão do peito. Você, que aos sábados me ensinava a fotografar e eu deixei meu cachorro te agarrar e ainda por cima ria do seu desespero e nem assim você ficou bravo comigo. Vocês que choraram comigo quando me queimei com água quente, quando fui atropelada, quando passei mal de tanto beber tequila, quando tive reação alérgica deuma coimida louca num país estranho e fiquei cinco horas internada e vocês lá do meu lado. Vocês que lutaram ao meu lado pelo mesmo ideal e através dessa luta nos tornamos grandes amigos. Você que enfrentou a enfermidade, outros problemas e eu orei e jejuei por você, pela sua causa, mesmo sem vocês saber. Você, que ao ouvir o meu alô, sabe exatamente como está o meu humor. Vocês que me deram a vida, me educaram, cuidam de mim, a quem eu dou bênção todos os dias, enfim todos vocês devem ter se identificado em algum momento das nossas vidas, vocês são meus amigos, as pessoas que eu sempre vou poder contar nas horas felizes e nas nem tanto assim.

Agora, esses que agora se dizem meus amigos, o verdadeiro interesse de vocês é muito pequeno diante do que a vida pode lhes proporcionar. Basta arregaçar as mangas, correr atrás do que realmente querem, sem que para isso tenham que usar as pessoas. E se quiser realmente ser meu amigo é fácil, basta parar de tentar me fazer de idiota, de muleta.

Só tenho a agradecer a Deus pelos presentes que são meus amigos e se hoje tenho um emprego melhor, se tenho saúde pra correr atrás dos meus objetivos, se tenho apoio em casa, eu devo isso a Ele.

Toda honra e toda glória a Ti, Senhor!

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Curiosidades suecas

Estive pela primeira vez num país europeu e muitas coisas são bem diferentes do que estou acostumada aqui no Brasil, ou melhor, de Barreiras, interior da Bahia. Vamos a algumas dessas curiosidades:

A pizza grande é considerada individual, cada um compra seu pizzão e come sozinho. A massa é bem fininha e de entrada se come uma saladinha de repolho e um pãozinho muito gostoso;

Na escada rolante, as pessoas sempre se posicionam à direita, para que as pessoas com pressa tenham a esquerda livre para correr, principalmente nas estações de trem e metrôs;

Os suecos não gostam de serem visitados de surpresa, e se por acaso isso ocorrer não se surpreenda se eles falarem na cara ou demostrarem que você não foi bem vinda. Ainda bem que não passei por esse constrangimento;

Os suecos são catadores de latinha (rsrsrs), eles costumam coletar latinhas de alumínio e garrafas pet para devolver no supermercado (numa maquininha) e trocar por dinheiro (cupom de desconto no supermercado). Eu virei catadora, também o tanto de cerveja que bebíamos, deu até pra fazer feira na hora da troca no supermercado;

Em Estocolmo quem tem carrinhos de bebê (com bebê, claro) seja homem ou mulher, não paga ônibus;

Os cachorros são todos adestrados, bem educados, não latem, não fazem algazarra quando veem outros cães e tem acesso livre em ônibus, trens e metrôs. Não precisa ter medo quando vir um bichão sentar ao seu lado no ônibus (porém, geralmente, os donos perguntam se podem se sentar ao seu lado ou então, sentam mais afastado), eu levei uma lambida na estação do metrô de um lindo labrador;

Eles fazem sanduiche apenas com uma banda do pão, acabei entrando na onda;

Os suecos nunca oferecem um jantar sem antes perguntar se as pessoas convidadas têm alergia a alguma coisa e na hora de jantar, explicam os principais ingredientes do prato. A Danda é brasileira e reside na Suécia há 20 anos e incorporou muitos hábitos suecos, assim no nosso jantar de boas vindas, ela explicou desde a entrada que era uma salada de camarão, com salmão, abacate e tomates, depois explicou o prato principal, uma carne de porco com molho e batatas, depois a sobremesa que eu esqueci o nome;

Não importa onde ou quem, se foi sem querer ou intencional. Os suecos não têm cerimonia para soltar gases. Atitude também adotada por brasileiros que já vivem lá há mais tempo, ou seja, peidam à vontade e nem ficam com a mão amarela;

Lá não tem fila especial para idosos, grávidas ou deficientes físicos. Todos são iguais e precisam ser vistos dessa forma. Mas são disponibilizados acentos para idosos nos serviços de transporte. E mesmo assim, não se surpreenda se um adolescente sentar e um (a) senhor (a) ficar em pé. Acontece também do idoso se ofender se você oferecer o acento. Pra eles você o está chamando de inválido ou incapaz;

Segurança e organização me chamaram a atenção. Eu podia sair com câmera, iphone, qualquer coisa de valor que não despertava a cobiça de ladrões. Saia sozinha e voltava a qualquer hora do dia ou da noite em segurança, nunca tive medo nas ruas, achei isso incrível, pois mesmo morando no interior, aqui a gente não pode vacilar;

Sim, lá também tem mendigos e eles ficam ajoelhados na rua com uma canequinha pedindo esmola. Achei muito penoso, um frio de lascar e o sujeito de joelhos, cabeça baixa, mendigando. Existem abrigos para esse pessoal, ajuda do governo e tal, mas a maioria é viciada e prefere ficar na rua pedindo, assim me disseram.

Passei praticamente um mês na Suécia e não vi uma pessoa se quer obesa, ou ao menos gordinha, mesmo nos fast-foods, a galera é toda magra e elegante. Soube que as empresas incentivam os funcionários a se exercitarem pagando metade da mensalidade de academias de ginástica ou massagem.

Apesar do frio intenso, vi muita gente andando de bicicleta. Quem tem carro, raramente usa, pois todos os estacionamentos são pagos, para entrar ou sair do centro de Estocolmo paga-se pedágio e como o transporte público é uma maravilha, nem faz falta ter carro por lá;

Nos ônibus não se paga passagem com dinheiro, você adquire um cartão para o mês, que sai bem mais barato do que pagar cada vez que precisa do transporte e usa à vontade tanto em ônibus como em metrô. Eu optei pelo cartão, que não sei como se escreve, mas a pronúncia é monascut. Caso não tenha o monascut, é possível pagar o ônibus via sms;

Os suecos pagam impostos altos, mas em compensação têm o retorno em educação de qualidade, assistência médica de excelência (pude conhecer o serviço médico devido uma grave reação alérgica a uma comida tailandesa), ótimo serviço de transporte público, segurança de verdade, excelentes moradias (difícil é conseguir apartamento, demora até anos, mas vale a pena, são boas instalações);

Os suecos acham lindos os olhos castanhos ou pretos (os meus olhos castanhos fizeram um grande sucesso);

Não achei os suecos ou finlandeses frios e na deles não, pelo contrário, nas baladas foram super simpáticos, bons dançarinos e com ótimo senso de humor. Nas ruas foram bastante solícitos, atenciosos e gentis;

O custo de vida me pareceu ser mais em conta do que na minha cidade, roupa achei baratérrimo, me acabei nas compras. Sapatos também é muito barato, alimentação idem, pude comparar os preços e muita coisa lá é bem mais barato e em outros casos não tem diferença, como a carne, estava o mesmo preço daqui, já algumas frutas são mais caras. O que achei caro também foram as bebidas, mesmo assim a cachaçada foi grande.

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Comprar, comprar, comprar: virou meu esporte na Escandinávia

Meu lado consumista, que eu julguei está adormecido, aflorou na Suécia. Por ser muito pechincheira, eu me senti no paraíso das compras, tudo muito barato e essas são as lojas que me conquistaram, ou melhor conquistaram meu cartão:

H&M- Famosa loja sueca e já espalhada por vários países da Europa. Ela é conhecida pelos constantes descontos (REA, eu amei essa palavra) que elas oferecem. Ela é tipo C&A da Suécia. Encontrei vestidinhos e blusinhas com preços maravilhosos. Eu amei esta loja, todo dia eu estava por lá, é legal também pra comprar maquiagem.
http://www.hm.com/se/?cm_mmc=PS-_-0-_-0-_-0&gclid=CMzDl-bmjK4CFSgumAodrmJafA

Gina Tricot - Um pouco mais cara que a loja acima, mas às vezes tem umas roupas bacanas com preços legais também e muitos acessórios. Achei as roupas na Gina Tricot mais elegantes.
http://www.ginatricot.com/se/sv/star

Nelly- Amor na primeira compra, logo que cheguei compre cinco vestidos que me custaram a bagatela de R$ 146,00 e os vestidos são uns amores. http://nelly.com/se/

Cubus- Essa loja também é massa, gostei muito. Encontrei roupas bacanas com preços ótimos. http://cubus.com/en/ (comprei camisetas para presentear meus sobrinhos)

Åhléns - Se esta a procura de cosméticos, maquiagem (diferentes marcas e cores) e perfume de todas as marcas famosas, esta é a loja. Encontra-se de tudo um pouco, inclusive bolsas e variedade de acessórios para invern.
http://www.ahlens.se/

Stadium (tem tb Intersport) - Loja mais barata que achei para comprar roupas ou equipamentos específicos para esporte. Também encontra-se muitos tênis de diferentes finalidades e marcas.
http://www.stadium.se/

Skopunkten – Lá tem variedade de sapatos por preços bem em conta, eles têm um esquema de compra bem legal, comprando dois pares de sapatos, você paga apenas 50% da compra e comprando três pares, o terceiro é de graça (a mais barata), foi assim que comprei minhas botas de inverno. http://www.skopunkten.com/

Ikea - Precisa comprar móveis pra casa ou coisas pra decoração e tá sem grana? Seus problemas acabaram, essa loja é muito famosa por lá, eu estava doidinha pra conhecer e valeu a pena, comprei um monte de coisas. http://www.ikea.com/se/sv/ (vale a pena fazer um lanche na Ikea, é muito barato os lanches que eles oferecem, pessoal faz fila pra comprar, só não gostei da comida de Natal)

ÖeB – É onde se encontra tudo, desde utilidades para o lar, doces, equipamentos e o preço é muito bom (comprei chocolates e coisinhas pra casa lá)

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Eu quero é festar

Como meu ano de 2012 foi trabalho e muito trabalho, na Suécia eu só queria saber de farra!

Em Estocolmo fomos a muitas discos, pubs e também recepções nas casas dos recém-amigos, como a brasileira Danda e a espanhola Patrícia, muito hospitaleiras e maravilhosas anfitriãs.

Danda nos recepcionou com um mega jantar tipicamente sueco, delicioso e também não poderiam faltar, litros e litros de vinho, cerveja, vodka polaca maravilhosa, licor, champanhe. Toda hora ela tirava do armário uma bebida diferente, Nólia embebedou e o resultado foi uma cachaça egoísta, queria carregar todas as bebidas pra casa dela, ainda conseguiu levar uma garrafa de vodka polaca e um licor na bolsa.

No apartamento de Patrícia foi também muito divertido, parecia uma torre de Babel, ela espanhola, o marido americano, um casal de amigos cubanos e nós a brasileirada em peso. Comi horrores, além da cachaçada. Fábio não aguentou o tranco e foi embora sozinho de ônibus e nós ficamos até altas horas enquanto houvesse cachaça e petiscos, ahhhh aquelas costelinhas agridoce estavam de lamber os dedos e eu lambi.

Legais também foram: a festa brasileira no Cantineiros (boteco de um chileno), o Favela Vinking (um carinha de Roraima que promove as festas) e o Imperiet, onde fizemos amizade com o segurança mexicano super gente boa, o Luís, que quando nos via gritava: BRASILENHOS BENVINDOS, ADENTRO!!! Viramos piolho do Imperiet, íamos sempre. Lugar legal, música boa e foi lá que conheci um lindo tenor (assunto para outro post)

E o barco... ahhhhhhhhhhhhhhhhh o barco!

Nólia tinha umas cortesias para um cruzeiro de Estocolmo até Helsinki na Finlândia. De graça até injeção na testa né, fomos eu, Nólia, Fábio e Danda e adoramos. O navio Gabriella é super confortável, não enjoei durante a viagem, pois a gente comprava um monte de bebidas no tax free (bebidas em terras internacionais é mais barato que em Estocolmo) levávamos para a cabine e lá tomávamos todas, então já ficava tonta de cachaça mesmo e não sentia tanto o movimento do barco.

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Eu, Nólia, Danda e Fábio no navio Gabriella

Esse cruzeiro era de 48h, dançamos a noite toda na disco. Chegando em Helsinki, aproveitamos pra passear pela capital da Finlândia, ô cidade fria, mais fria que Estocolmo. Pena que Fábio estava de ressaca, quase não aproveitou o passeio e nem deixou a gente curtir também, bandido!

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Euzinha passeando em Helsinki

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A cara de emburrado de Fábio

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A cara do meu parceiro melhorou

De volta ao barco, nosso ponto eram o tax free ou a disco. Nossa mesa era sempre a mais animada, então a banda tentava cantar samba pra brasileirada e durante o show dos caras de Las Vegas nós éramos a sensação. Enfim, divertidíssima a viagem. Queria bis e ganhei, semana seguinte fizemos novamente o cruzeiro, agora no navio Cinderela e de 24h, dessa vez apenas eu, Fábio e Nólia, ai ai dizer o quê, simplesmente maravilhoso. A gente nem desceu em Helsinki, ficamos direto no barco apreciando a paisagem, bebendo, dançando... curtindo.

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Nosso Gabriella

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Show massa dos caras de Las Vegas

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Nosso Cinderela

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O trio bêbado, que novidade rsrs

Saldo das noitadas em terras geladas: um brasileiro, um turco, um francês, um sírio e um sueco.

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Pernas pra que eu te quero

Os primeiros dias em Nárnia (a Suécia nos fez mergulhar nos cenários do filme) foram de muitos passeios, muitos clics. Eram tantas coisas novas e diferentes pra ver, tudo nos fascinava, muita coisa pra experimentar. Nós tentávamos nos acostumar com o idioma tão estranho, ao frio, à escuridão que chegava sempre rapidamente.

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vendo e tocando na neve pela primeira vez

Achei Estocolmo muito organizada e fácil de andar, em pouco tempo eu já sabia circular sozinha, pegava ônibus e tunnelbana (metrô) sem nenhum drama, até porquê o transporte público não atrasa, bastava olhar na internet o horário do ônibus, tunnelbana e pé na estrada.

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Danda, Bia e eu batendo perna em Estocolmo

Os suecos são muito educados e ordeiros, respeitam as leis, por exemplo, no tunnelbana todos se posicionam nas laterais das portas para que os passageiros desembarquem e só depois adentram o metrô, isso é muito bacana, em Brasília quando o trem chega é uma agonia de gente querendo sair, gente querendo entrar, um sufoco!

Outro comportamento louvável dos suecos é o respeito às leis de trânsito, principalmente a obediência do lema: SE FOR DIRIGIR, NÃO BEBA! Praticamente todos os dias a gente ia pra rua, para as discos, pubs, etc e sempre deixamos o carro e íamos de ônibus ou tunnelbana para não ter problemas na volta para casa.

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Eu e Nólia tomando algumas num pub em Tyresö

A polícia é muito pacífica, não vi se quer uma abordagem ríspida, pelo contrário, são gentis e muito solícitos, observei um senhor que estava pra lá de bêbado e um policial conversando com ele, daí a Bia (filha da minha amiga Nólia) traduziu a conversa, o policial dizia que o senhor já tinha bebido demais e que era hora de parar e ir para casa de taxi, como o senhor insistia que estava bem e queria ficar no pub, o policial perguntou se ele não queria dormir na delegacia. Que susto eu tomei. Oras! Não se pode nem tomar um porre sossegado? Então, Bia me explicou que ele não seria preso e fichado por estar bebendo, apenas ia dormir na delegacia para evitar problemas, um acidente ou algo do tipo, a polícia trabalha com prevenção, achei válido, mas fiquei preocupada de ficar de porre e acordar numa delegacia.

Não percam os próximos capítulos... próximo post conto mais das nossas farras.

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Embarque, conexão e chegada

Continuando, nosso voo de Brasília até Lisboa foi super tranquilo, nenhuma turbulência, comissários solícitos, comidinha satisfatória e Fábio zzzzzzz, só dormia. Eu assisti um monte de filmes, cochilei, comi, cochilei...

Chegando em Lisboa, uma grande fila para quem não tem passaporte europeu receber o visto de entrada no país, depois dos passaportes carimbados, registrados era só esperar por três horas pra poder voar. Na sala de embarque foi nosso primeiro choque, só tinha sueco... falando em sueco e eu e Fábio com cara de bobos, daí ouvi uma senhora falar em português, gravei o rosto dela, poderia ser que no desembarque a gente precisaria de ajuda. As últimas horas de voo foram maçantes, parecia que não chegava nunca, até vermos do alto a cidade toda branquinha, coberta de neve, uau coisa linda!

Desembarcamos e aquela senhora que falava português nos ajudou, ela é brasileira e mora há 20 anos na Suécia, foi muito prestativa.

No portão de desembarque estava minha amiga/irmã Nólia vestida de mamãe Noel e com um buquê de rosas me esperando, foi um reencontro emocionante. Apresentei Fábio e nos dirigimos até o carro, onde outro amigo, o Amarildo, nos aguardava.

Eram 16h e estava escuro, fiquei meio atordoada, achei que meu relógio tinha pirado, perguntei que horas eram e Nólia confirmou 16h, mas estava tudo escuro, noite mesmo, daí me toquei que estávamos no topo do mundo.

O percurso do aeroporto até a casa dela é longo, então fui me familiarizando com a paisagem que vi muitas vezes na internet, tudo muito bonito e organizado.

Chegando à que seria minha casa por 25 dias, havia: caixa de champanhe, caixa de vinho e caixas e caixas de cerveja nos aguardando, muitos brindes rolariam ali e assim aconteceu.

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flores de boas vindas

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De volta à vida real

Minhas férias acabaram snif snif, muita coisa pra colocar em ordem, muito o que fazer...

Desde que cheguei da Suécia, todos me perguntam como fui passear tão longe. Então, fui visitar uma amiga, na verdade uma irmã. Eu e Nólia nos conhecemos desde quando eu tinha quatro anos, ela é um tiquinho mais velha e sempre tomou conta de mim.

Há 10 anos que Nólia mora em Estocolmo e sempre me convidou para visitá-la, mas quando eu olhava no mapa a vontade de ir não era compatível com a coragem. Muito longe, a dificuldade do idioma, o medo de avião, enfim nunca ia. Até que em julho de 2011 ela veio me visitar e me tranquilizou quanto a viagem, passei um ano pesquisando sobre o país, os hábitos, a cultura, tudinho e cada vez aumentava o desejo de conhecer pessoalmente.

Esse ano de 2012 foi super agitado, muito trabalho e tal e eu decidi, esse ano vou me presentear com a viagem para a Suécia. Só faltava uma companhia, pois ainda restou um tiquinho de medo, daí meu amigo Fabinho topou na hora em me acompanhar e assim iniciamos a burocracia para tirar os passaportes. Acessei o site da Polícia Federal e iniciei o processo, tive que ir duas vezes para Brasília, pois em minha cidade não dispõe desse serviço, na primeira vez fiz a foto e confirmei meus dados, depois fui buscar o passaporte.

Documentos na mão, já havia pesquisado preços das passagens, empresas aéreas e decidimos ir com a TAP, empresa portuguesa, pois os preços estavam acessíveis e a língua facilitava tudo, já que sou turista internacional de primeira viagem.

Passagens compradas, tínhamos que aguardar um mês até que eu deixasse mais ou menos organizado no meu trabalho, as equipes informadas da minha ausência por 25 dias, treinamento da minha substituta, a querida Gorete e conseguir acalmar minha mãe. Pronto, fui para Brasília, pois meu voo partia de lá, encontrei Fábio, meu parceiro de viagem e aí foi embarcar, relaxar...curtir o voo. Como foi lá nesses 25 dias é assunto para outro post, ou melhor, outros posts.

Hej då!

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